Mudanças na tributação prometem influenciar o preço da carne em 2025. Saiba como a Reforma Tributária pode afetar seu bolso e o que esperar.
O preço da carne é uma preocupação constante para as famílias brasileiras, e as novas mudanças tributárias prometem influenciar ainda mais esse cenário.
A recente Reforma Tributária, sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro, traz discussões sobre o impacto no custo das proteínas.
Embora sua implementação completa esteja prevista apenas para 2033, as transições começam já em 2026, sinalizando alterações futuras nos preços.

Mudanças na tributação da carne
Uma das principais alterações trazidas pela Reforma Tributária é a inclusão das carnes, como boi, frango, porco, bode e cabra, na lista de alíquota zero da cesta básica.
Na prática, isso significa que esses produtos não terão a incidência de impostos federais, como Cofins, IPI e PIS.
No entanto, embora a proposta seja de isenção tributária para essas carnes, outros fatores continuam a influenciar o preço final.
Questões como a variação do dólar, disponibilidade de proteínas no mercado, condições climáticas e a renda do consumidor ainda desempenham um papel crucial na definição do valor da carne nas prateleiras.
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Impostos e a isenção da carne
A isenção dos impostos para carnes não é exatamente uma novidade. Atualmente, essas proteínas já são isentas de impostos federais, mas podem sofrer incidências de tributos estaduais e municipais, como o ICMS e o ISS.
A Reforma Tributária busca unificar esses impostos, simplificando o sistema de tributação, o que pode ou não resultar em uma redução de preços, segundo especialistas.
A advogada e professora de direito tributário na FGV-Rio, Bianca Xavier, explica que, com a simplificação, os produtores têm duas opções: repasse da redução tarifária para o consumidor, resultando em preços mais baixos, ou manutenção dos preços atuais, aumentando a margem de lucro devido à diminuição dos custos.
Fatores que impactam o preço da carne
Além da carga tributária, vários outros elementos afetam diretamente o valor da carne:
- Oferta e demanda: a quantidade de carne disponível no mercado influencia diretamente os preços. Quando a oferta é limitada e a demanda se mantém alta, o preço tende a subir.
- Dólar e exportações: a valorização do dólar torna o mercado externo mais atraente para os produtores brasileiros. Com maior quantidade de carne exportada, a oferta no mercado interno diminui, elevando os preços locais.
- Clima e produção: secas e queimadas afetam as pastagens, aumentando os custos de alimentação para o gado. Esse acréscimo nas despesas reflete-se no preço final da carne.
- Ciclo de abate: a decisão sobre o momento certo para o abate dos animais também é estratégica. Durante períodos de expectativa de aumento de preços, produtores podem optar por manter as fêmeas para reprodução, limitando o abate e, consequentemente, a oferta de carne, o que pressiona os preços para cima.
Perspectivas para o consumidor
Mesmo com a promessa de isenção de impostos sobre a carne, o consumidor precisa estar atento aos diversos fatores que influenciam os preços.
A unificação dos impostos pode simplificar a tributação, mas as condições climáticas, o mercado internacional e as estratégias de produção continuarão a desempenhar papéis importantes na formação dos preços.
Para quem deseja minimizar os impactos no bolso, uma alternativa é acompanhar as variações de preço e ajustar as compras de acordo com os melhores períodos de oferta, buscando opções mais acessíveis ou substituições que caibam melhor no orçamento.