Por que está TÃO QUENTE em novembro? Até quando vai o calor

Está quente e vai piorar, segundo especialistas afirmam. No entanto, segundo meteorologistas, o fenômeno El Niño tem a sua contribuição para onda de calor, mas este e outros episódios de temperaturas extremas que o país sofreu nos últimos meses não podem ser atribuídos exclusivamente a ele. Siga a leitura, logo abaixo, e entenda os verdadeiros motivos pela onda de calor mais intensa dos últimos 100 anos.

Está quente e vai piorar, segundo especialistas afirmam. No entanto, segundo meteorologistas, o fenômeno El Niño tem a sua contribuição para onda de calor, mas este e outros episódios de calor extremo que o país sofreu nos últimos meses não podem ser atribuídos exclusivamente a ele. Siga a leitura, logo abaixo, e entenda os verdadeiros motivos pela onda de calor mais intensa dos últimos 100 anos.
Entenda os verdadeiros motivos por trás da onda de calor mais intensa dos últimos 100 anos. —Foto: Reprodução / Freepik

Nunca esteve tão quente

O Brasil está prestes a enfrentar uma nova onda de calor, e as previsões apontam para recordes históricos nas temperaturas nos próximos dias. A MetSul alerta que mesmo cidades acostumadas ao calor podem experimentar máximas até 15ºC acima da média para o período.

Embora o fenômeno El Niño tenha sua parcela de contribuição, especialistas destacam que eventos recentes de calor extremo não podem ser exclusivamente atribuídos a ele. Continue lendo abaixo e entenda mais detalhes sobre o calor extremo sobre o país.

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A influência do El Niño e as mudanças climáticas

Karina Bruno Lima, doutoranda em Climatologia pela UFRGS, ressalta que o El Niño tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta, especialmente na América do Sul.

No entanto, ao analisar uma onda de calor em setembro, estudos apontaram que a contribuição do El Niño foi pequena em comparação com o aquecimento global antropogênico.

Inmet e o alerta de nível amarelo

Na última quarta-feira (8), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso meteorológico especial de nível amarelo para onda de calor, abrangendo áreas do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.

Este alerta indica que as temperaturas podem ficar pelo menos 5ºC acima da média por dois a três dias consecutivos. Contudo, as projeções indicam máximas ainda mais elevadas, sugerindo que este episódio de calor pode superar eventos históricos.

Fonte: Inmet

Calor extremo em São Paulo e outras regiões

A capital paulista está em estado de atenção para altas temperaturas, com termômetros podendo alcançar até 37°C no domingo, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura.

Em estados como Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas podem ultrapassar os 42°C, com registros recentes de calor intenso em Porto Murtinho e Cuiabá.

Domo de calor e suas consequências

O fenômeno conhecido como domo de calor está associado a essa onda de calor, caracterizado pela permanência de uma área de alta pressão que retém o ar quente.

Esse padrão cria condições estáveis, secas e temperaturas altas prolongadas, impactando negativamente o solo, a agricultura e gerando desconforto térmico.

Impactos do aquecimento global

Especialistas, como Estael Sias da MetSul, destacam a presença de uma grande área de ar seco sobre o Brasil, impedindo a chegada de chuvas e agravando a situação.

Karina Lima ressalta que estudos de atribuição são necessários para compreender completamente as causas dessa onda de calor, mas alerta que o aumento da frequência e intensidade desses eventos está associado à ação humana, exigindo medidas de mitigação.

Além das altas temperaturas, o El Niño está ligado à forte estiagem na Amazônia, resultando em rios secos, queimadas e nuvens de fumaça sobre Manaus. O governo federal reconheceu a insuficiência na resposta aos incêndios, prometendo buscar mais recursos, mas sem apresentar medidas emergenciais.

Fenômeno El Niño no ápice

Relatórios da OMM indicam que o El Niño, relacionado ao aumento nas temperaturas, deve persistir até abril do próximo ano, atingindo seu pico entre novembro e janeiro de 2024.

Especialistas alertam que os impactos na saúde humana e no meio ambiente devem continuar, incluindo tempestades atípicas, quedas de árvores, apagões e problemas respiratórios causados por queimadas.

O Brasil enfrenta não apenas uma onda de calor excepcional, mas também desafios relacionados às mudanças climáticas e eventos extremos.

É indispensável que medidas sejam tomadas para lidar com essas questões, desde o combate ao aquecimento global até a adaptação às condições climáticas em constante transformação. A população precisa estar ciente dos riscos e das ações necessárias para enfrentar esse cenário desafiador.

*Com informações do O Dia.

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